Em seminário promovido pela CNI e CGTB, empresários e trabalhadores chegam ao consenso de que os altos custos internos de produção fazem a indústria perder mercados interno e externo, seminário reuniu empresários, trabalhadores e representantes sindicais, que discutiram temas como câmbio, juros, investimentos, educação e emprego A indústria brasileira precisa de melhores mecanismos de proteção enquanto não forem reduzidos os vários entraves à sua competitividade, que vão da alta carga tributária à deficiência da infraestrutura. A proposta partiu do presidente-executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo Lopes, e do gerente da Associação Brasileira da Indústria Eletro Eletrônica (Abinee), Edgar da Silva, nos debates do seminário Fortalecimento da Indústria Brasileira e do Emprego, promovido nesta quinta (26), em Brasília, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB). Segundo Marco Polo, o custo da energia elétrica no Brasil para se produzir uma tonelada de aço é de US$ 80 o megawatt/hora, o dobro do custo nos Estados Unidos. A instalação de uma siderúrgica no Brasil exige US$ 1.880 por tonelada, investimento que é de US$ 1.000 na Índia e US$ 550 na China. “Precisamos proteger a indústria nacional enquanto estas assimetrias de competitividade não forem corrigidas”, assinalou o presidente-executivo do Instituto Aço Brasil. Edgar Silva informou, por sua vez, existirem no país mais de 20 regimes tributários especiais que facilitam as importações. De acordo com o gerente da Abinee, a redução do imposto de importação a 2% para equipamentos não produzidos no país – os chamados ex-tarifários – é usada muitas vezes na compra de fábricas prontas e não de máquinas isoladamente.
(CNI – 27/09/2013)