Em julho, produção industrial recuou mais de 2%. Em relação a agosto de 2012, produção teve queda de 1,2%. Depois de recuar 2,4% em julho (dado revisado), a produção da indústria brasileira não teve nenhuma variação em agosto, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com agosto de 2012, o setor teve queda 1,2%, interrompendo uma sequência de quatro meses de resultados positivos consecutivos nesse tipo de comparação. No índice acumulado de janeiro a agosto, a indústria tem alta de 1,6% – abaixo da marca observada no fechamento do primeiro semestre (2%). Em 12 meses, a variação positiva é de 0,7%, mantendo, segundo o IBGE, a trajetória ascendente iniciada em dezembro do ano passado (-2,6%) e assinalou o resultado positivo mais elevado desde outubro de 2011 (1,4%). De acordo com o IBGE, apesar de a produção indstrial não ter variado entre julho e agosto, 15 dos 27 ramos analisados apresentaram aumento na produção. Entre os setores, as principais influências positivas foram registradas por alimentos (2,5%) e veículos automotores (1,7%), com ambos revertendo os recuos assinalados no mês anterior, de 1,3% e 7,6%, respectivamente. Outras contribuições positivas relevantes vieram de máquinas e equipamentos (de -1,3% para 1,2%), vestuário e acessórios (de -3,8% para 7,2%), edição, impressão e reprodução de gravações (de -1,2% para 2,1%) e metalurgia básica (de -1,7% para 1%). Entre as 11 atividades que reduziram a produção, o desempenho de maior importância foi verificado na indústria farmacêutica, que recuou 5,6% em agosto e acumula perda de 18,8% nos dois últimos meses. Houve quedas também nos setores de bebidas (-3,1%), de outros equipamentos de transporte (-3,7%), de perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (-5,1%) e de fumo (-7,7%). Entre as categorias de uso, ainda na comparação com julho, bens de capital (2,6%) assinalaram a expansão mais acentuada em agosto, recuperando parte da queda de 4,7% registrada em julho. Os setores produtores de bens intermediários (0,6%) e de bens de consumo duráveis (0,2%) também mostraram taxas positivas, com o primeiro interrompendo três meses de queda na produção e o segundo voltando a crescer após recuar 7,4% em julho. Bens de consumo semi e não duráveis (-0,3%) assinalaram o segundo resultado negativo consecutivo.
(G1, 02/10/2013)