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Para FGV, confiança da indústria ‘parou de piorar’ em novembro

A confiança da indústria mostrou “bom sinal” em novembro, nas palavras do superintendente-adjunto de Ciclos Econômicos do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), Aloisio Campelo. Ele fez a observação após comentar o aumento de 0,7% na prévia do Índice de Confiança da Indústria (ICI), em novembro ante outubro, anunciada nesta quinta-feira.
Embora o avanço seja modesto, favorece a perspectiva para o indicador fechado do mês, que até outubro amarga cinco quedas consecutivas. “Parou de piorar [a confiança do empresário industrial]. Mas é um pouco cedo para saber com certeza se há tendência sustentável de melhora”, resumiu Campelo.
A confiança do setor industrial acompanha a ausência, até o momento, de uma retomada mais clara de recuperação da produção industrial brasileira. Projeções do Ibre/FGV citadas pelo especialista atestam que a atividade na indústria da transformação deve crescer entre 1,5% e 2% ao fim de 2013. Esse saldo, embora positivo, é insuficiente para compensar o recuo de 2,8% na produção da indústria da transformação em 2012, disse Campelo. “Para que houvesse um aumento na atividade industrial em 2013, que compensasse o recuo do ano passado, seria necessário um aumento superior a 1,5% em cada mês do quarto trimestre na produção da indústria da transformação. E isso seria muito difícil de acontecer”, afirmou.
A prévia engloba 804 empresas, cerca de dois terços do universo total de pesquisados para cálculo do ICI completo. De acordo com Campelo, a pesquisa deste mês indicou aumento no número de segmentos industriais com saldo positivo de confiança, em comparação com o observado no terceiro trimestre. “De 14 gêneros industriais pesquisados para o cálculo do ICI, oito mostraram alta de confiança em outubro; e sete sinalizam agora aumento de confiança, na prévia de novembro. No terceiro trimestre, a média era de três por mês”, afirmou, considerando que a prévia de novembro indica maior disseminação de melhora no patamar de confiança.
Entre as categorias de uso da indústria da transformação, o segmento de bens duráveis foi o que apresentou melhora mais evidente na prévia de novembro. Sem detalhar em números, o especialista lembrou que esse segmento sofreu com acúmulo de estoques no primeiro semestre. “Agora o nível de estoques de duráveis começou a diminuir”, disse.
Entretanto, comentou que a indústria de bens de capital não indicou melhora na prévia de novembro, e continua a mostrar sinais de desaceleração forte, no quarto trimestre desse ano.
Assim como mencionado em divulgações anteriores do indicador, o técnico reiterou que uma retomada sustentável na confiança da indústria somente seria possível com uma melhora mais generalizada em todas as categorias de uso – o que não está ocorrendo ainda, diz.

(Valor – 21/11/2013)

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