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Acidentes expõem limite de capacidade na Petrobrás

A Petrobrás anunciou pelo menos dez vezes neste ano recordes em suas refinarias. As unidades chegaram a operar a 99% de sua capacidade e, com melhora de eficiência, nunca se produziu tanto combustível no País. Mas acidentes em quatro refinarias nas últimas duas semanas expuseram os limites de uma possível sobrecarga na produção. O maior impacto foi um incêndio de 54 minutos que paralisou uma das maiores refinarias no Brasil, a Repar (Paraná). Sindicalistas dizem que a política da Petrobrás de cortar custos ao mesmo tempo em que opera refinarias no limite da capacidade para dar conta da crescente demanda nas bombas aumentou riscos operacionais e está entre as causas do incêndio da unidade de Araucária, no entorno de Curitiba. O mesmo vale para Manaus e Bahia, onde também houve acidentes. Em Minas, em São Paulo e no Rio, funcionários fazem coro às reclamações das condições de segurança. Falta pessoal para fazer vistorias, substitutos para viabilizar treinamento, represamento em custos e atraso em manutenção. A Petrobrás afirma que as medidas de aumento na eficiência operacional respeitam estritamente os princípios de segurança. “Uma série de salvaguardas foi derrubada e levou ao incêndio (Repar). Parte delas fruto de uma política de corte de investimento que exige mais de equipamentos e dos funcionários”, disse o presidente do sindicato dos petroleiros do Paraná e Santa Catarina (Sindipetro PR-SC), Silvaney Bernardi. Os movimentos são efeito indireto da política de preços imposta à Petrobrás por causa do efeito na inflação. Para evitar o prejuízo com importações, a estatal precisa elevar a produção interna. E para amenizar o prejuízo também da defasagem de preços, revê custos.
(O Estado de S. Paulo, 15/12/2013)

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