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Dilma ‘estreia’ em Davos em meio a pessimismo sobre o Brasil

Pela primeira vez em seis anos, o encontro anual da elite política e econômica mundial na estação de esqui suíça Davos, que começa nesta quarta-feira, acontece em meio a um certo otimismo, com boas previsões de recuperação das economias avançadas. Países desenvolvidos como Grã-Bretanha e Estados Unidos, que passaram mais de meia década patinando em recessões e com baixos índices, têm perspectiva de crescer 2,8% e 2,4% em 2014, respectivamente, segundo previsões divulgadas esta semana pelo FMI. Já o Brasil chega ao encontro nadando contra essa maré de otimismo – em um momento de pouca confiança dos investidores internacionais com o futuro de diversos países emergentes, cujo crescimento está desacelerando. Pela primeira vez desde 2003 um presidente brasileiro vai ao Fórum Econômico Mundial. Analistas ouvidos pela BBC Brasil dizem que a presidente Dilma Rousseff vai para Davos com a missão de desfazer um pouco do pessimismo que tomou conta de grande parte de empresários e banqueiros estrangeiros nos últimos anos. Muitos teriam perdido crença na capacidade do governo de gerir a economia e voltar a crescer acima de 3%. Acompanhada da equipe econômica e do ministro Guido Mantega, Dilma passará parte da sexta-feira em Davos. Na quinta-feira, haverá um debate intitulado “A crise de meia-idade dos BRICS”.

Dois públicos

“Não há dúvidas de que existe hoje uma completa falta de confiança no Brasil no mercado financeiro internacional”, diz Richard Lapper, diretor do serviço FT Confidential, de pesquisa em mercados emergentes. Ele faz a ressalva de que existem dois públicos distintos em Davos, e que o pessimismo por ora só se manifesta em um deles: os investidores do mercado financeiro, que há três anos amargam mais prejuízos que ganhos comprando e vendendo títulos do governo e ações em bolsa. “Não tenho dúvida de que algumas dessas pessoas não querem mais saber do Brasil. É como se tivesse havido um grande caso de amor, e agora o clima é de fim de namoro.”

(BBC Brasil, 23/01/2014)

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