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Bolsa e dólar ‘antecipam’ corte de nota do país por agências de risco

Ameaça de rebaixamento já sugou 15% da Bolsa e 10% do valor do real e elevou juro em 1,5 ponto. Analista afirma que corte de despesas, nesta semana, pode provocar correção de preços de ativos para cima. A ameaça de rebaixamento da nota do Brasil pelas agências de classificação de risco já afetou o preço de ações, a cotação do dólar e os juros cobrados pela dívida brasileira. Isso indica que uma notícia positiva sobre o endividamento público –como uma contenção mais forte das despesas do governo– teria potencial de valorizar esses ativos do país no curto prazo. O governo deve anunciar, nesta semana, o valor que vai congelar do Orçamento de 2014. Uma economia acima de R$ 40 bilhões, segundo analistas, sinalizaria que o governo deseja evitar que a dívida pública suba e quer mantê-la estável (ao redor de 35% do PIB). O esforço poderia evitar o rebaixamento da nota de crédito do Brasil pelas agências de classificação de risco. Em junho do ano passado, a maior delas, a Standard & Poor’s, informou que poderia rever (para baixo) a nota do país em razão do aumento das despesas em um momento de baixo crescimento econômico (que deprime a arrecadação e eleva o endividamento do governo). Antes de qualquer decisão, porém, os preços dos ativos brasileiros já perderam valor ao ponto de espelhar uma probabilidade de 96% de rebaixamento do Brasil, calculou o economista-chefe da consultoria LCA, Bráulio Borges. Em sua estimativa, somente esse fator desvalorizou o real ante o dólar entre 5% e 10%, o Ibovespa (principal índice da Bolsa) caiu entre 10% e 15% e as taxas de juros dos títulos de longo prazo do Brasil subiram 1,5 ponto percentual –estão em 7% ao ano. O cálculo é feito a partir da comparação do risco do país em relação aos seus pares, com a mesma nota de crédito, calculado por meio do CDS, uma espécie de seguro contra inadimplência.
(Folha de S.Paulo, 18/02/2014)

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