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Dólar sobe diante de movimento global de aversão a risco

Hoje o dia foi de correção no mercado de câmbio, com as moedas emergentes perdendo valor diante de um movimento de venda generalizada de ativos de maior risco após a divulgação de dados econômicos mais fortes nos Estados Unidos. No mercado local, a moeda americana acompanhou o movimento no exterior e fechou em alta frente ao real, depois de dois pregões consecutivos de queda. O dólar comercial subiu 0,59% a R$ 2,2210, zerando a queda na semana e passando a acumular alta de 0,27%. Já o contrato futuro para junho avançava 0,76% para R$ 2,23. A queda maior que a esperada do número de pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos e o avanço da inflação, embora ainda em ritmo modesto, acabaram sobressaindo frente ao dado mais fraco que o esperado da produção industrial americana em abril. Lá fora, o dólar subia 1,13% frente ao rand sul-africano, 1,46% diante da lira turca e 0,46% em relação ao peso mexicano. Os novos pedidos de seguro-desemprego recuaram para 297 mil na semana encerrada no dia 10, menor nível em sete anos e uma queda maior que a esperada pelo mercado, que previa um recuo para 320 mil novos pedidos.Já o índice de preços ao consumidor subiu 0,3% em abril na comparação com março, marcando o maior avanço desde 2013, em linha com as expectativas.O dado de produção industrial, no entanto, mostrou um recuo de 0,6% em abril, pior que a previsão dos analistas, que esperavam uma queda de 0,1%. Para o economista do BES Investimento, Flávio Serrano, apesar de os dados de inflação e emprego terem vindo um pouco melhores, o número da produção industrial mostra que a economia americana ainda não apresenta uma recuperação mais forte apesar do fim do inverso rigoroso. “O que estamos vendo hoje é movimento de fuga de ativos de risco, com todas as moedas emergentes caindo frente ao dólar.”

No mercado local, os investidores seguem atentos ao fluxo de recursos e a discussão sobre a continuidade das intervenções do Banco Central no mercado de câmbio. O Banco Central fez hoje a rolagem de todos os cinco mil contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão, cuja operação somou US$ 247,0 milhões. Com isso, o BC já rolou cerca de US$ 2,25 bilhões (45 mil papéis) do lote de US$ 9,653 bilhões que vence em 2 de junho. Em um breve discurso, o presidente do BC, Alexandre Tombini, evitou dar sinalizações mais claras sobre o tema e disse que os mercados financeiros passam por um momento mais tranquilo, embora ainda restem incertezas.

(Valor – 15/05/2014)

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