O dólar fechou em alta nesta quinta-feira (15), puxado pela expectativa de mudanças nas políticas econômicas na Europa para estimular o crescimento – após o PIB subir só 0,2% no 1º trimestre. A valorização teria sido limitada pelas intervenções do BC para manter o dólar perto de R$ 2,20 e pela entrada de dólares no país. Na semana, o dólar acumula valorização de 0,24%. No mês, há queda de 0,41% e no ano, d e 5,8%. A zona do euro divulgou crescimento de 0,2% no primeiro trimestre de 2014, segundo as primeiras estimativas da agência europeia de estatísticas Eurostat, abaixo das expectativas. Os dados fracos trazem perspectivas de que o Banco Central Europeu (BCE) torne sua política monetária mais expansionista para melhorar os resultados. O número do primeiro trimestre ficou positivo principalmente graças a um forte crescimento na maior economia do bloco, a Alemanha, que compensou estagnação na França e redução na produção na Itália, Holanda, Portugal e Finlândia. Dos Estados Unidos também vieram sinais negativos para a atividade. A produção industrial da maior economia do mundo caiu no ritmo mais rápido em mais de 1 ano e meio em abril.
“O mercado sucumbiu aos dados externos”, resumiu à Reuters o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.
Ações do BC e entrada de dólar
No Brasil, lembrou Galhardo, o fluxo de entrada de recursos continua positivo, o que acaba evitando altas mais expressivas da moeda norte-americana. Além disso, o Banco Central brasileiro continuou intervindo na cotação do moeda, criando uma banda informal entre R$ 2,20 e R$ 2,25 para a moeda norte-americana, de acordo com operadores. Em sua atuação diária, o BC vendeu a oferta total de até 4 mil swaps com vencimento em 2 de março do próximo, com volume equivalente a US$ 198,3 milhões. A autoridade monetária também ofertou swaps para 1º de dezembro de 2014, mas não vendeu nenhum contrato. Houve ainda a venda da oferta total em leilão de rolagem. Até agora, o BC rolou pouco menos de 25% do lote total para o próximo mês, que equivale a US$ 9,653 bilhões.
(G1 – 15/05/2014)