O dólar fechou em alta nesta quinta-feira (4), puxado pelo inesperado corte de juros do Banco Central Europeu e por pesquisas que mostraram melhora nas intenções de voto para a presidente Dilma Rousseff (PT), criticada por investidores pela condução da política econômica. A divisa também perdeu força contra o peso mexicano e o euro após o BCE anunciar novas injeções de recursos que elevarão a liquidez global, aumentando o apetite dos investidores por risco. O BCE cortou as taxas de juros para novas mínimas recordes, reduzido inesperadamente os custos de financiamento para perto de zero na tentativa de estimular a inflação e a economia da zona do euro. A autoridade monetária também anunciou um programa de compra de instrumentos financeiros lastreados em ativos e de bônus cobertos.
“As medidas do BCE dão suporte para as moedas emergentes por uma questão de expectativa de liquidez”, explicou à Reuters o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno. Por outro lado, investidores mostravam preocupação com o resultado das pesquisas eleitorais do Datafolha e do Ibope, de acordo com a Reuters. As pesquisas divulgadas após o fechamento dos mercados na quarta apontaram Marina derrotando Dilma em um eventual segundo turno, mas a diferença entre as duas candidatas diminuiu. Parte do mercado apostava que a ex-senadora, que tem prometido uma política econômica ortodoxa se eleita, viesse à frente de Dilma no primeiro turno e ampliasse sua vantagem na segunda rodada, indica a agência de notícias.
Ação do BC
Nesta manhã, o Banco Central brasileiro vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que correspondem a venda futura de dólares. Foram vendidos 1,5 mil contratos para 1º de junho e 2,5 mil para 1º de setembro, com volume equivalente a US$ 197,5 milhões.
(G1 – 04/09/2014)