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Anvisa tem de rever padrões e ampliar corpo técnico, diz diretor do Instituto Butantan

As agências reguladoras para pesquisa e desenvolvimento em saúde no país provocam um ambiente confuso e burocrático, avaliou nesta segunda-feira (21/10) o diretor-presidente do Instituto Butantan, Jorge Kalil. Ele afirmou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por exemplo, precisa “rever seus padrões e botar mais gente técnica”. “A Anvisa tem um papel fundamental na área de saúde do país, mas de quatro diretores da agência, dois são advogados e nenhum é médico. Eles querem saber se a vírgula está certa e não se vamos ter um produto”, afirmou Kalil. O diretor do Butantan participou da abertura do seminário “São Paulo: A cidade da Inovação”, organizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Segundo ele, o Brasil tem um número “pífio” em patentes e não consegue fazer inovação. E os principais motivos para o atraso do país neste aspecto, apontou Kalil, são a falta de investimento público e privado, de profissionais especializados e a atuação ineficiente de reguladoras. O diretor do Butantan afirmou ainda que os institutos de pesquisa brasileiros estão padecendo em uma estrutura “arcaica”. “A regulação é desfavorável, falta renovação do quadro de cientistas, os cargos vagos em institutos do país chegam a 45%”, informou. De acordo com Kalil, o motivo para um percentual tão alto de cargos vagos no país pode ser um quadro de desvalorização do papel do cientista e pesquisador no Brasil. “Não conseguimos atrair talentos que estejam no exterior. Os pesquisadores não são vistos como pessoas importantes para a sociedade. São vistos como diletantes que só ficam pensando e não têm compromisso”, desabafou.

(Agência Indusnet Fiesp – 21/10/2013)

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