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Atividade industrial sobe 2,2%, mas não recupera fortes perdas anteriores

A performance da indústria paulista, medida pelo Indicador de Nível de Atividade (INA) da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp), foi positiva em 2,2% em janeiro ante dezembro, mostra o dado com ajuste sazonal. Mas o ganho do mês passado não recupera as fortes perdas registradas em dezembro ante novembro, quando o índice despencou 5%, na leitura revisada. Guilherme Moreira, gerente do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp e do Ciesp, explica que a forte queda da atividade em dezembro se deu por conta dos números mais baixos que o esperado da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física (PIM) de São Paulo, indicador de produção industrial mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e uma acentuada diminuição das vendas reais da produção derrubou os números do último mês do ano. Em dezembro de 2013, a variável vendas reais caiu 7,9% em comparação com novembro com ajuste. Já em janeiro, a mesma variável ajudou a puxar o índice com um desempenho positivo de 10,4%. Embora o resultado de janeiro seja positivo, ele deve ser visto com cautela, uma vez que a base de comparação é o pior resultado para o mês de dezembro desde 2008, início da crise econômica mundial, alerta Moreira. Segundo ele, dezembro do ano passado “foi um mês que a indústria praticamente parou, com um volume muito acima do normal de férias coletivas, vendas muito abaixo do normal”. “É um mês que está ocupando o espaço vazio de dezembro. É um bom resultado, mas tem que levar em conta que é um resultado em cima de um dezembro horrível”, afirma o gerente. O prognóstico da Fiesp e do Ciesp para a atividade industrial é de crescimento de 1,8% em 2014, mas o departamento de economia das entidades está revisando para baixo essa expectativa. As entidades acreditam ainda que atividade industrial deve continuar mostrando pouco vigor no ano também em função da perspectiva negativa para investimentos em 2014, uma vez que as taxas de juros no Brasil e no mundo estão em rota de alta e as previsões para o crescimento econômico do país continuam com viés de baixa. Nas contas do gerente do Depecon, se o INA apresentar estabilidade em todos meses até o final do ano, ainda assim pode encerrar 2014 com queda de 4,2%. Para fechar o ano com variação zero, o indicador precisa crescer 0,8% todos os meses. “Para chegar a nossa previsão de crescimento de 1,8%, o INA teria que ter um crescimento muito vigoroso, o que a gente acha difícil ocorrer. Infelizmente estamos revisando para baixo o INA e na próxima divulgação devemos ter um número bem inferior à previsão atual”, explica Moreira.

(Agência Indusnet Fiesp – 27/02/2014)

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