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BC decide manter em 2014 programa para conter dólar

Objetivo é impedir alta na cotação, motivada pela recuperação dos EUA. Ata da reunião em que juros básicos foram elevados para 10% já mencionava o risco do câmbio para a inflação. No mesmo dia em que indicou maior preocupação com a alta do dólar, o Banco Central anunciou que continuará a ofertar a moeda americana ao mercado em 2014. Trata-se de enfrentar a ameaça mais imediata de turbulência econômica do país: uma desvalorização do real tem o efeito de encarecer os importados e elevar a inflação –em pleno ano eleitoral. O sinal de temor veio com a divulgação da ata que detalhou os motivos da elevação dos juros do BC de 9,5% para 10%, com indicação de nova alta em janeiro. No texto, a instituição apontou “focos de tensão e de volatilidade nos mercados de moeda”. Trata-se de uma referência à volta das previsões de que o dólar tende a subir com a esperada recuperação da economia dos EUA. Essas expectativas ganharam força entre junho e agosto, quando as cotações da moeda americana chegaram à casa dos R$ 2,40 e levaram o BC a iniciar o programa de leilões diários de venda de suas reservas cambiais. Dessa forma, empresas importadoras ou com dívida externa podem se proteger de uma eventual desvalorização do real, reduzindo as tensões no mercado –é o que se chama, no jargão, de “hedge”. “Com alguns ajustes, o BC estenderá o programa de hedge cambial no futuro. Em 2014, o BC não sairá de cena desse mercado”, disse o presidente do órgão, Alexandre Tombini, na federação dos bancos, em São Paulo. O anúncio surtiu efeito e o o dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou o dia em queda de 0,76%, a R$ 2,361. Anteontem, a moeda havia fechado em seu maior valor em mais de três meses.

(Folha de S.Paulo, 06/12/2013)

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