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Bovespa leva maior tombo em 3 anos com chance de vitória de Dilma

O aumento das chances de uma vitória da presidente Dilma Rousseff já no primeiro turno das eleições, no próximo domingo, fez a Bovespa devolver com intensidade hoje boa parte do rali eleitoral que fez a festa dos especuladores a partir de meados de março. O Ibovespa levou seu maior tombo em três anos e retornou ao nível de pontos de meados de julho, quando o país ainda tentava entender a vexatória derrota da seleção para a Alemanha na Copa do Mundo.
“O mercado está precificando a vitória de Dilma no primeiro turno. A campanha dela é forte, tem uma boa comunicação. E ela está no poder. É muito difícil não se reeleger. É quase um plebiscito”, comenta o estrategista da CM Capital Markets, Marco Aurélio Barbosa. Para ele, a bolsa deve continuar devolvendo o rali eleitoral dos últimos meses ao longo desta semana, conforme as pesquisas confirmaram as chances de vitória no primeiro turno. “Se na segunda-feira acordarmos com segundo turno, aí poderemos ter uma recuperação. Será outra eleição. Dilma e Marina terão tempos iguais na televisão. Será uma disputa mais equilibrada.”
A possibilidade de vitória de Dilma em primeiro turno começou a ser desenhada na sexta-feira à noite com a pesquisa Datafolha. O levantamento mostrou uma recuperação consistente nas últimas semanas da candidata à reeleição, bem como uma queda também consistente nas preferências de voto de Marina Silva (PSB). Bastaria Dilma conquistar cinco pontos percentuais – ou seus principais oponentes perderam o mesmo tanto – nesta semana para a disputa ser encerrada no domingo. Nas duas últimas semanas, a presidente evoluiu cerca de três pontos por semana, em média, segundo o Datafolha. Pesquisa do instituto MDA divulgada nesta tarde trouxe vantagem ainda maior para Dilma (47,7%) em um eventual segundo turno contra Marina (38,7%). No primeiro turno, Dilma aparece com 40,4%, Marina com 25,2% e Aécio Neves (PSDB) com 19,8%. Além do Datafolha, havia expectativa de que a revista “Veja” trouxesse no fim de semana reportagem “bombástica” sobre esquemas de propina e lavagem de dinheiro na Petrobras, que pudessem interferir na corrida presidencial. No entanto, a matéria não teve esse poder e representou uma grande “frustração” para os investidores, comenta a Guide Investimentos em nota. A revista trouxe uma suposta declaração do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que afirmou ter recebido um pedido de contribuição de R$ 2 milhões de Antonio Palocci para a campanha Dilma Rousseff em 2010. No entanto, a matéria não esclarece se a contribuição foi feita. O cenário externo também não colaborou, com as bolsas fechando no vermelho em Wall Street diante de sinais de enfraquecimento da economia mundial, especialmente na Europa, e protestos em Hong Kong em defesa da democracia. O Ibovespa caiu 4,52%, aos 54.625 pontos, com forte volume de R$ 8,324 bilhões. Foi o maior tombo do índice desde 22 de setembro de 2011, quando a bolsa mergulhou 4,82%. A ações do “kit eleição” – mais sensíveis à corrida presidencial – lideraram as perdas. Petrobras PN (-11,17%, a R$ 18,60) foi a maior baixa do dia e registrou seu maior recuo desde novembro de 2008. Em seguida apareceram Petrobras ON (-10,44%, a R$ 17,75), Banco do Brasil ON (-8,54%, a R$ 27,28), Itaú PN (-7,00%, a R$ 35,06), Bradesco PN (-7,03%, a R$ 35,69) e Eletrobras ON (-6,13%, a R$ 6,88). Apenas sete das 69 ações do Ibovespa resistiram em alta, com destaque para Cielo ON (2,15%), BB Seguridade ON (1,92%) e as exportadoras Fibria ON (1,92%), Embraer ON (1,31%) e Suzano PNA (0,92%), que pegaram carona na disparada do dólar frente ao real.
(Valor – 29/09/2014)

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