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Com ajuda de governistas, oposição investiga Petrobras

Os partidos governistas que se rebelaram contra o governo decidiram, ontem, ajudar a oposição a aprovar a formação de uma comitiva de deputados para ir à Holanda investigar as suspeitas de que funcionários da Petrobras receberam propinas da SBM Offshore, empresa que aluga plataformas flutuantes para empresas petrolíferas de diversos países. A comitiva só não foi aprovada ontem porque uma manobra regimental do PT fez com que a sessão ordinária da Câmara terminasse sem que a votação acontecesse. Os oposicionistas esperam que, além da comissão externa, os governistas insatisfeitos com Dilma Rousseff apoiem a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), com deputados e senadores, para investigar a Petrobras. O foco da CPMI, no entanto, seria mais amplo. Além do caso SBM, a oposição quer apurar suposto superfaturamento em um contrato da estatal com a Odebrecht e a compra e venda de ativos da Petrobras nos EUA, na Argentina e na África. Na semana passada, quando propuseram o envio da comissão externa à Europa, os oposicionistas PSDB, DEM, PPS e Solidariedade não contavam que a proposta tivesse chances de ser aprovada pelo plenário da Câmara, formado por uma maioria de deputados governistas. No dia 16 deste mês, antes de entregarem o requerimento da comitiva à Câmara, os líderes oposicionistas já se preparavam para enviar seus representantes por conta própria para a Holanda, sem apoio da Casa Legislativa. A insurgência de parte da base governista mudou o cenário. Na quarta-feira, alegando precisar melhorar a relação com o governo e destravar a pauta de votações da Câmara, os rebeldes mostraram potencial para reunir, dentro da Câmara, até 278 deputados em um bloco informal. Esse contingente seria provido pelos governistas PMDB (75 deputados em exercício do mandato), PSD (42), PP (39), PR (31), Pros (20), PDT (18), PTB (18) e PSC (13) e também pelo oposicionista Solidariedade (22 deputados), que aceitou entrar no “blocão”.

(Valor, 26/02/2014)

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