Close

Not a member yet? Register now and get started.

lock and key

Sign in to your account.

Account Login

Forgot your password?

Com nova previsão para PIB de 2015, arrecadação também deve ser menor

A nova estimativa de expansão de 0,8% para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2015, em vez de uma alta prevista anteriormente em 2% – alteração foi enviada na semana passada pela nova equipe econômica ao Congresso Nacional – terá reflexos para baixo na estimativa de arrecadação do orçamento do ano que vem, informou o relator de receita do orçamento, deputado Paulo Pimenta (PT-RS). A explicação é que, com menos crescimento, a arrecadação de impostos e contribuições federais também será menor no ano que vem. Um volume menor de receitas, por sua vez, também significará uma menor disponibilidade de recursos para gastos públicos no próximo ano. A pauta original da Comissão Mista de Orçamento (CMO) previa a votação do relatório da receita do orçamento nesta terça-feira na parte da tarde. Entretanto, por falta de quórum, a sessão foi remarcada para esta quarta-feira (10), às 10h. A votação do relatório da receita, com a estimativa feita por Paulo Pimenta, é o primeiro passo para análise do orçamento de 2015, cujo relator é o senador Romero Jucá (PMDB-RR). Com a previsão anterior de que o PIB avançaria 2% em 2015, Pimenta tinha estimado, para cima, as receitas primárias do orçamento do próximo ano em R$ 21,2 billhões, de R$ 1,46 trilhão (proposta enviada pelo governo) para R$ 1,48 trilhão. Por conta da nova estimativa enviada pelo governo federal, de uma alta de apenas 0,8% para o PIB em 2015, ele informou que deve ser feito um ajuste de R$ 30 bilhões para baixo nessa previsão de receita. Com isso, ao invés de haver uma alta de R$ 21,2 bilhões em 2015, a receita primária deverá ficar cerca de R$ 10 bilhões menor do que a previsão inicial do governo – somando, assim, algo em torno de R$ 1,45 trilhão. O número ainda está sendo fechado. “Eu acho que a nova equipe econômica está fazendo um esforço para ter um orçamento mais próximo da realidade [com uma previsão menor de alta do PIB]. A meta de superávit primário [economia para pagar juros da dívida pública e tentar manter sua trajetória de queda] de 1,2% do PIB [fixada para 2015 para o setor público consolidado] é possível de ser cumprida. A redução da previsão de receita, que estou fazendo, deve também diminuir a necessidade de contingenciamento [corte feito pelo governo federal] no orçamento de 2015. Mas não posso afirmar que essa redução vai ser suficiente [para evitar cortes do governo na peça orçamentária aprovada pelo Legislativo]”, declarou o deputado Paulo Pimenta. O parlamentar observou que uma redução de cerca de R$ 30 bilhões na estimativa de receita, que antes subiria R$ 21,2 bilhões, mas que será cortada em aproximadamente R$ 10 bilhões, representa um volume considerável de recursos. “Representa cerca de 10% das despesas discricionárias [sobre as quais o governo tem controle] de R$ 295 bilhões”, declarou ele.

(G1 – 09/12/2014)

Login