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Dados fracos da indústria pelo mundo afetam mercados locais

Dados fracos vindos da China, Europa e Estados Unidos afetaram o apetite por risco global e, com isso, definiram um desempenho negativo aos mercados por aqui. Os indicadores da indústria dessas regiões vieram abaixo do esperado, reforçando a queda do preço das commodities e, assim, comprometendo ações como de Petrobras e Vale. Assim, a Bovespa operou em queda forte nesta manhã, abaixo da linha dos 53 mil pontos. Os juros futuros também são afetados pelo clima externo e sobem, especialmente na parte mais longa da curva. Apenas o dólar destoa e cede, após o Banco Central confirmar a rolagem integral do vencimento de swaps cambiais de janeiro. O tom negativo dos mercados se acentuou após a divulgação do Índice dos Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria dos Estados Unidos, que caiu de 55,9 pontos em outubro para 54,8 em novembro. Segundo a consultoria Markit, foi a leitura mais fraca em dez meses, mas ainda assim bem acima da marca de 50 pontos. Já na China, o PMI da indústria caiu para 50,3 pontos em novembro, abaixo dos 50,8 de outubro e no patamar mais fraco desde março. E, na zona do euro, segundo a Markit/HSBC, o PMI do setor industrial recuou em novembro, de 50,6 para 50,1 pontos.

Bolsa

Depois de encerrar novembro de lado, com alta de apenas 0,06%, o Ibovespa abre dezembro em forte queda. A perda era de 4,01% às 16h22, para 52.529 pontos. O volume segue muito fraco e somava apenas R$ 4,94 bilhões. Nenhuma ação opera em alta. As principais blue chips caem com força. Papéis ligados a commodities recuam com o cenário externo e os bancos aproveitam para devolver lucros. Vale PNA cai 3,6%, Petrobras PN recua 4,44%, Itaú PN perde 3,72% e Bradesco cai 3,89%.

Câmbio

A perda de fôlego do dólar no exterior pouco antes da divulgação de dados do setor manufatureiro no país leva a moeda americana a cair frente ao real nesta segunda-feira, após uma manhã operando mais em torno da estabilidade. Depois de atingir a mínima de R$ 2,5441 pela manhã, a moeda americana reduziu a queda após os dado mais fraco que o esperado do índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos. Às 16h24, o dólar comercial caía 0,69%, a R$ 2,5525. A queda nos preços das commodities, contudo, deve continuar pressionando a moeda brasileira ao longo de 2015. O Morgan Stanley, por exemplo, estima que o dólar terminará o próximo ano em R$ 2,95, em boa parte pela redução nos termos de troca. O banco acrescentou o real, bem como os dólares australiano e neozelandês, em sua recomendação de venda. “A perspectiva para moedas correlacionadas às commodities continua fraca, ainda que os preços das matérias-primas se estabilizem nos atuais níveis”, afirmam estrategistas do banco em relatório.

Juros

Os juros futuros operam em alta nesta manhã, pressionados pela piora do apetite por risco no mundo. Mas o que chama a atenção é o volume reduzido de negócios, o que indica que investidores vão manter-se em compasso de espera pela reunião do Copom, marcada para a quinta-feira. Na curva de juros, a aposta em uma dose mais forte de aperto, de 0,5 ponto percentual, está totalmente precificada. Essa ideia é alimentada pela visão de que esta será uma boa oportunidade para o Banco Central mostrar sua autonomia e para a equipe econômica, de confirmar seu perfil mais ortodoxo. Às 13h41, DI janeiro/2016 era negociado a 12,53%, de 12,46% no ajuste de sexta-feira. DI janeiro/2017 tinha taxa de 12,32% (12,18%) e DI janeiro/2021 subia de 11,63% para 11,77%.
(Valor – 01/12/2014)

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