Queda da diferença –em agosto era 27%– abre janela para aumento do combustível com menos efeito inflacionário. Consultorias preveem reajuste de 6% ainda neste ano, antes da introdução de nova fórmula de cálculo. A defasagem do preço da gasolina no Brasil em relação às cotações internacionais está menor, abrindo uma “janela” para o aumento dos combustíveis com menor impacto na inflação, segundo analistas. A diferença, que chegou a 27% em agosto, ficou, na média, em 12% em outubro, segundo estimativa da consultoria CBIE feita a pedido da Folha. As causas são o recuo recente do dólar e o menor consumo de gasolina no hemisfério Norte, especialmente nos EUA, por causa do inverno na região. A maioria das consultorias prevê um reajuste de 6% ainda neste ano, antes da introdução de nova fórmula de cálculo do preço dos combustíveis, proposta pela Petrobras e em estudo pelo conselho da empresa. A direção da estatal, apurou a Folha, defende um reajuste agora. A defasagem menor e o fato de a inflação dos alimentos ter caído propiciaria o aumento, já que o impacto na inflação seria menor.

(Folha de S.Paulo, 05/11/2013)