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Dólar fecha em alta e se aproxima de R$ 2,30

O dólar fechou em alta nesta quinta-feira (7), para em torno de R$ 2,30, com o cenário de incertezas no exterior e no Brasil puxando para cima a moeda norte-americana.

“O cenário externo está complicado; aqui, temos eleições; e, historicamente, costuma haver mais procura por dólares na segunda metade do ano. Tudo indica que o dólar vai continuar pressionado por enquanto”, afirmou à Reuters o superintendente de câmbio da corretora Advanced, Reginaldo Siaca, para quem o intervalo de R$ 2,25 a R$ 2,30 deve se tornar uma nova referência para o mercado. O dólar operou em níveis mais baixos, entre R$ 2,20 e R$ 2,25, desde o início de abril até a semana passada, com breves exceções. Essa banda agradaria ao Banco Central brasileiro por não impactar a inflação ou as exportações. Mas a moeda dos EUA assentou-se em níveis mais altos desde então, reagindo principalmente a fatores externos. Investidores temem que a crise geopolítica na Ucrânia, que já motivou sanções dos Estados Unidos e da União Europeia contra a Rússia e desta contra os primeiros, se traduza em punições mais duras e afete a economia global. Nesta manhã, a Rússia anunciou novas sanções contra países ocidentais em retaliação a essas medidas. Além disso, dúvidas sobre a recuperação da economia norte-americana têm provocado volatilidade. Nesta manhã, a queda no número de pedidos de auxílio-desemprego no país jogou mais lenha na fogueira, poucos dias após relatório fraco sobre o mercado de trabalho dos EUA alimentar incertezas. No front doméstico, investidores aguardam a divulgação de pesquisa eleitoral do Ibope, que deve ser divulgada após o fechamento dos mercados desta quinta-feira. O levantamento vem num momento em que os mercados demonstram desconfiança sobre a condução da política econômica do governo da presidente Dilma Rousseff, que concorre à reeleição em outubro.

BC

Mesmo com a alta do dólar, o BC tem mantido basicamente a mesma estratégia de intervenções, com atuações diárias e rolagem de apenas parte dos swaps cambiais, equivalentes a venda futura de dólares. Nesta sessão, vendeu a oferta total de até 4 mil contratos nas rações diárias. Todos os swaps vendidos vencem em 2 de fevereiro de 2015 e equivalem a US$ 199,0 milhões.Também foram ofertados contratos para 1º de junho, mas nenhum foi vendido. O BC também vendeu a oferta total de até 8 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em setembro. Ao todo, o BC já rolou cerca de 16% do lote total, que corresponde a US$ 10,070 bilhões.

“Parece que o BC está confortável com o dólar nesse patamar, o que significa que não tem muitos incentivos para o dólar voltar a cair”, disse à Reuters o superintendente de derivativos de uma gestora de recursos nacional. O diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo, afirmou nesta quinta-feira que, mesmo com alguma alta do dólar sobre o real, o cenário é de recuo da inflação. Na Europa, tanto o Banco Central Europeu (BCE) quanto o banco central britânico confirmaram as expectativas de analistas e deixaram inalteradas suas taxas de juros.
(G1 – 07/08/2014)

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