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Dólar fecha em queda com mercado externo e expectativa com ministério

O dólar fechou em queda frente ao real após cinco pregões consecutivos de alta reagindo à desvalorização da moeda americana no exterior e à expectativa com o anúncio da nova equipe econômica, aguardado para esta semana.O dólar comercial caiu 0,43%, encerrando a R$ 2,5901. Já o contrato futuro para dezembro recuava 0,88% para R$ 2,597.Rumores e especulações sobre a nova equipe econômica seguem influenciando os negócios no mercado de câmbio, levando os investidores a adotar uma postura mais cautelosa à espera da nomeação do novo ministro da Fazenda. “Isso mostra como o mercado está conservador em assumir novas posições. Enquanto essa barreira [a definição do ministro da Fazenda] não for derrubada, esse clima deve continuar”, afirma o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.A presidente Dilma Rousseff afirmou recentemente que anunciaria o nome do novo ministro da Fazenda após o encontro do G-20, ocorrido na Austrália no último fim de semana. Cresce no mercado as apostas na nomeação do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que acompanhou Dilma no encontro do G20. Até o momento no entanto, não há nada de concreto. Segundo apurou o Valor, Dilma ainda pode convidar o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, visto como um nome mais ortodoxo, para comandar o Ministério da Fazenda. Para Solange Srour, economista-chefe do BNY Mellon Arx, a reação do mercado ao novo ministro da Fazenda vai depender dos nomes que irão compor a equipe econômica, especialmente no Banco Central e no Tesouro. “Dependo desse anúncio você pode até ter um alívio na alta do dólar no curto prazo, mas ele terá que vir acompanhando de medidas, especialmente na área fiscal.”

Um dos pontos que poderão ser esclarecidos com o anúncio do novo ministro da Fazenda, na leitura do mercado, é o grau de atuação no câmbio. O programa de intervenção diária no mercado de câmbio já foi renovado duas vezes e vence no fim deste ano. A grande dúvida é se o BC renovará novamente o programa de oferta diária de “hedge cambial” diante do estoque elevado nesses instrumentos cambiais que hoje soma US$ 104 bilhões. Galhardo, da Treviso, acredita que o mercado de alguma forma já embute nos preços a possibilidade do fim do programa. “Mas o que me parece mais provável é o BC continuar gerenciando as rolagens, não deixando vencer todo o montante dos lotes mensais. Já a continuidade da oferta líquida vai depender de fato do perfil do novo ministro da Faze nda”, afirma. Hoje o diretor de Política Econômica, Carlos Hamilton, afirmou que o programa de swaps tem funcionado bem e dentro do esperado e que tem ajudado o mercado doméstico a se ajustar ao cenário de transição. “O programa de swaps continuará nos termos já anunciados até 31 de dezembro deste ano”, afirmou. Hamilton ainda destacou que pode recalibrar o uso de seu instrumento de política monetária, sinaliz ando a possibilidade de um aperto maior do ciclo de alta da taxa básica de juros. “O Copom [Comitê de Política Monetária] não será complacente e se necessário for , no momento certo, o Comitê poderá recalibrar sua ação de política monetária de modo a garantir um cenário benigno para a inflação nos próximos anos.”

Hoje a autoridade monetária renovou mais 14 mil contratos de swap cambial que venceriam em 1º de dezembro, além de vender mais 4 mil contratos de swap cambial no leilão do programa de intervenção. Se mantiver o mesmo ritmo, o BC deve renovar praticamente todo o lote de US$ 9,83 bilhões em swaps que vence no início do mês que vem. Lá fora, o dólar caiu frente às principais dividas, movimento amparado pela perspectiva de mais est ímulos monetários na Europa e no Japão. O Dollar Index, que acompanha o desempenho da moeda americana frente a uma cesta com as principais divisas, recuava 0,43%. Os mercados reagem ao anúncio do premiê japonês, Shinzo Abe, que confirmou que convocará eleições antecipadas no Japão. Além disso, Abe adiou o aumento de um imposto sobre consumo por 18 meses. A leitura geral é que as medidas abrem espaço para um reforço na política de estímulos econômicos do primeiro-ministro, após o Japão ter entrada em recessão técnica.

(Valor – 18/11/2014)

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