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Dólar opera em baixa nesta sexta, após subir por 2 dias seguidos

O dólar comercial opera em baixa nesta sexta-feira (4), abaixo de R4 2,25, após dados de emprego nos Estados Unidos indicarem que a política monetária no país não deve ser alterada e o Banco Central brasileiro anunciar o início da rolagem dos swaps cambiais que vencem em maio. Na quinta-feira, o dólar avançou 0,54%, a R$ 2,2825 na venda, após fechar a véspera com alta de 0,30%.

“O dólar já havia aberto em queda em função do anúncio da rolagem, que alguns já esperavam que não viesse. Quando veio o relatório dos EUA, acelerou a queda bem forte”,  afirmou o operador de câmbio da Intercam Glauber Romano.

Os Estados Unidos criaram 192 mil vagas de emprego em março, frente a expectativas de 200 mil postos de trabalho. O número mostra que a economia norte-americana continua forte  mesmo após a desaceleração provocada pelo clima frio no início do ano. No entanto, para analistas, os resultados não são suficientes para fazer o Federal Reserve, banco central norte-americano, ampliar o ritmo de redução do programa de estímulos, não afetando ainda mais a liquidez. Também suaviza as preocupações de que a taxa de juros na maior economia do mundo seja elevada antes do esperado. A queda do dólar também era puxada pelo anúncio do BC brasileiro de que dará início nesta sessão à rolagem dos swaps cambiais, que servem como venda futura de dólares, que vencem em 2 de maio, no valor equivalente a US$ 8,733 bilhões. No fim da manhã, o BC vendeu a oferta total de até 10 mil swaps para rolagem, o que equivale a cerca de 6% do lote que vence no próximo mês. Se mantiver esse ritmo de leilões durante todo o mês, a autoridade monetária conseguirá rolar praticamente todo o volume. “Parece que o BC está comprometido em permanecer no mercado, apesar da queda do dólar”, disse o economista da área de análises da XP Investimentos, Daniel Cunha,  ressaltando ainda que vê entradas de recursos no mercado doméstico. Para ele, a autoridade monetária continua presente para não trazer volatilidade ao mercado. Em março, o BC rolou apenas cerca de 75% dos contratos de swaps que venceram no início deste mês. Foi a segunda vez que a autoridade monetária deixou parte dos contratos vencerem desde agosto passado, quando iniciou seu programa de intervenção no câmbio. “O mercado fica buscando um piso no câmbio e o anúncio da rolagem desarmou um pouco essa reação do mercado”, disse o economista da corretora H.Commcor, Waldir Kiel, referindo-se a avaliações de que o BC não permitiria que o dólar recuasse abaixo de R$ 2,25, com medo de possíveis impactos sobre as exportações. Por outro lado, o dólar mais fraco ajuda na inflação que ainda mostra bastante resistência. Mais cedo, a autoridade monetária deu continuidade às intervenções diárias, vendendo a oferta total de até 4 mil swaps, todos com vencimento em 1º de dezembro deste ano e volume equivalente a US$ 198,3 milhões. O BC também ofertou contratos para 2 de março de 2015, mas não vendeu nenhum.

(G1 – 04/04/2014)

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