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Dólar sobe 0,76% diante de aversão a risco no exterior

Dados econômicos mais fortes nos Estados Unidos e o aumento da tensão na Ucrânia após a eleição levaram a um movimento de venda de ativos emergentes, com as moedas desses países caindo frente ao dólar. No mercado local, além do fator externo, a alta da moeda americana foi intensificada por dúvidas em relação à continuidade das intervenções do Banco Central no câmbio e também pela disputa entre os investidores na BM&F à medida que se aproxima o vencimento dos contratos no início de junho. O dólar comercial fechou em alta de 0,76% a R$ 2,2410, maior patamar desde 5 de maio. Com isso, a moeda americana passa a subir no mês, acumulando valorização de 0,49%. No mercado futuro, o contrato para junho avançava 0,60% para R$ 2,242. A divulgação de dados econômicos positivos nos Estados Unidos reforçou os sinais de fortalecimento da economia americana e serviu de argumento para investidores embolsarem lucros com a alta dos últimos meses em ativos de mercados em desenvolvimento, levando o dólar a se fortalecer frente às principais moedas emergentes. Nesse cenário, o real, a lira turca e o rand sul-africano foram as moedas com pior desempenho hoje. As encomendas de bens duráveis nos Estados Unidos subiram 0,8% em abril na comparação com março, acima da previsão dos analistas que esperavam uma lata de 0,7%. Já o índice de confiança do consumidor do Conference Board subiu de 81,7 pontos em abril para 83 em maio, em linha com previsão dos analistas. No mercado local, pesa ainda a expectativa cada vez mais clara de que o Banco Central caminha para não rolar cerca de metade dos swaps cambiais com vencimento no início de junho. Além disso, a autoridade monetária ainda não se pronunciou sobre a rolagem de um montante em torno de US$ 3,5 bilhões em linhas de dólares com compromisso de recompra que vence também no próximo mês. Caso esse quadro se confirme, o mercado terá reforçada a leitura de que o Banco Central vai na direção de, no mínimo, fazer ajustes no programa de intervenção no câmbio. Uma ala do mercado não descarta a interrupção das vendas diárias de dólares por meio de contratos de swap cambial. Para Jayro Rezende, gerente da mesa de derivativos de câmbio da CGD, o programa de intervenção é uma excepcionalidade, e no cenário atual não se faz necessário o uso desse tipo de medida. “O fato de o BC sinalizar que não fará a rolagem integral já é um sinal de que ele deve interromper o programa.”

Na semana passada, o presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmou que há sinais de uma menor demanda por swaps, principalmente por parte dos investidores estrangeiros. Outro profissional cita que o mercado já está começando a embutir nos preços uma piora na expectativa para o fluxo cambial ao Brasil, após meses de um apetite mais forte de estrangeiros pela renda fixa doméstica. Em maio, até o dia 21, o fluxo cambial estava negativo em US$ 1,237 bilhão, caminhando para encerrar o mês com déficit, depois de dois meses consecutivos de saldo positivo.

(Valor – 27/05/2014)

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