As commodities internacionais que têm influência sobre a inflação brasileira caíram pelo terceiro mês seguido, pelos cálculos do Banco Central (BC). O Índice de Commodities Brasil (IC-Br) recuou 1,51% em junho, depois de uma queda de 1,96% em maio e retração de 2,53% em abril. Com isso, a baixa acumulada no segundo trimestre foi de 5,88%. O indicador é construído partindo dos preços das commodities agrícolas, metálicas e energéticas con vertido para reais. Seu equivalente internacional, o “Commodity Research Bureau” (CRB), mostrou variação negativa de 0,39% no mesmo período – na conta feita pelo BC. Nos 12 meses até junho, o indicador aponta alta de 6,65%, e tem variação positiva de 0,91% no acumulado de 2014. O CRB registra elevação de 7,54% em 12 meses e tem alta de 2,81% em 2014. No trimestre, o CRB recuou 2,25%. Entre os três subgrupos que compõem o IC-Br, apenas um apontou queda no mês passado. O grupo de commodities agropecuárias (carne de boi, carne de porco, algodão, óleo de soja, trigo, açúcar, milho, café e arroz) teve queda de 2,6% na passagem de maio para junho, mas avançou 3,14% no ano. Em 12 meses, o avanço foi de 5,51%. Em maio, o grupo tinha recuado 2,51%. Alta no preço das commodities metálicas (alumínio, minério de ferro, cobre, estanho, zinco, chumbo e níquel), que avançaram 0,87% no mês, mas acumulam baixa de 6,11% em 2014. Em 12 meses, o ganho ainda é de 6,34%. Em maio esses preços tinham caído 1,77%. As commodities energéticas (petróleo Brent, gás natural e carvão) mostraram aumento de 1,36% em junho. No ano, esses preços recuaram 1,07%. Nos últimos 12 meses, a valorização foi de expressivos 12,55%. Em maio, foi vista alta de 0,48%. No segundo trimestre, no entanto, todos os grupos recuaram. Alimentos cederam 7,66%, metálicos perderam 2,03% e energético caiu 1,10%.
(Valor – 02/07/2014)