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Indústria regional mostra setor longe de retomada, diz IBGE

O impacto na produção industrial do aumento de férias coletivas concedidas nas fábricas em dezembro, em relação a novembro, foi sentido no desempenho regional da indústria, que mostrou recuo em 11 dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A análise é do economista do instituto Rodrigo Lobo. Ele lembrou que o alto patamar de estoques na indústria, principalmente de veículos automotores, estimulou as férias coletivas e levou ao fraco desempenho regional da indústria no último mês do ano passado. Na análise de Lobo, os dados regionais de dezembro sinalizam que a atividade industrial do país estaria longe de uma retomada sustentável. Isso porque o menor ritmo de produção estaria muito espalhado entre os locais pesquisados pelo instituto, ressaltou ele. Lobo comentou que o desempenho da atividade industrial de São Paulo, tanto em dezembro quanto no acumulado em 2013, mostrou comportamento muito similar ao observado no cenário nacional. O especialista lembrou que São Paulo é o maior parque industrial do país, e representa 35% da indústria nacional. Assim como o observado em âmbito nacional, os resultados mais fracos da atividade em São Paulo em dezembro, em relação a novembro, foram notados nas indústrias de veículos automotores, farmacêutica, máquinas e equipamentos e metalúrgica. No caso desses dois últimos, o técnico do IBGE lembrou que a indústria de bens de capital começou a mostrar recuos e desacelerações na atividade a partir do segundo semestre de 2013 – com influência no parque industrial de São Paulo. Esses fatores levaram ao recuo de 5,5% na atividade de industrial paulista, o mais intenso desde dezembro de 2008 (-15,2%), comentou ele. Para o especialista, os dados regionais de dezembro mostram que os industriais percebem que não houve uma recuperação sustentável da demanda. Isso desestimulou investimentos na produção e levou à maior frequência de férias coletivas nas indústrias da maioria dos locais pesquisados, avaliou o economista. “Os industriais veem que a demanda não se recuperou e que as famílias ainda estão com a renda muito comprometida”, afirmou.

(Valor – 07/02/2014)

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