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Juros futuros curtos fecham perto da estabilidade após ata do Copom

A ata do Copom praticamente não alterou as expectativas para o rumo da Selic no início de 2015, mas ao aparentemente afastar a possibilidade de um aperto monetário mais forte, abriu espaço para um aumento dos prêmios de risco ao longo da curva a termo.Confiante nos efeitos defasados do aperto monetário pretérito e na contribuição da política fiscal, o comitê do Banco Central (BC) diz que, embora esteja “especialmente vigilante” vai se pautar pela “parcimônia”. As taxas futuras mais curtas, que captam as expectativa para as próximas decisões do Copom, praticamente não saíram do lugar. Entre máxima de 11,98% e mínima de 11,95%, DI abril/2015 fechou o pregão regular estável, a 11,97%. DI janeiro/2016 subiu um degrau, passando de 12,49% para 12,50%. As taxas continuam a refletir chances superiores a 80% de alta de 0,50 ponto em janeiro e apostas praticamente dividas entre elevação de 0,50 e 0,25 ponto em março. Resta ainda altas inferiores a 0,25 ponto nos dois encontros seguintes, que representam mais um prêmios de risco que expectativa de elevações adicionais. O Copom repetiu na ata que, dados os efeitos defasados da política monetária, vai agir com “parcimônia”. Desautoriza, portanto, apostas em aumento do ritmo de aperto. Mas ressalta que se mantém “especialmente vigilante” e que a inflação tende a permanecer pressionada no curto prazo, enfraquecendo a ala dos que esperam diminuição de ritmo já em janeiro. Ademais, repetindo as declarações do presidente do BC, Alexandre Tombini, no dia 9 em audiência no Congresso Nacional, o Copom afirma que não se pode “descartar migração para a zona de contenção fiscal”. Em evento nesta quinta-feira na Febraban, Tombini afirmou que a ação de política monetária tende a ser “complementada por forças auxiliares, como um quadro fiscal contido”. Em seguida, afirmou que, “diante desse quadro, o BC fará o que for necessário para viabilizar um cenário de inflação mais benigno em 2015 e 2016”. A expectativa de um aperto limitado e curto contribui para uma alta dos prêmios de risco entre as taxas intermediárias e longas. E justamente em um momento de alta global do dólar, na esteira de sinais de vitalidade da economia americana, e redução do apetite por ativos emergentes. A perspectiva de que os Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) inicie o processo de alta da taxa de juros no primeiro semestre de 2015, enquanto a Europa prepara novos estímulos e Japão luta para escalar da recessão, muda a relação risco/retorno no mundo. Entre as taxas intermediárias, DI janeiro/2017 passou de 12,40% para 12,48%. Na ponta longa da curva, DI janeiro/2021 subiu de 12,17% para 12,36%.
(Valor – 11/12/2014)

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