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Juros futuros fecham em leve alta à espera da ata do Copom

Em um pregão morno, com volume de negócios reduzido, as taxas dos principais contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) fecharam em leve alta, acompanhando o dólar, que voltou para a casa de R$ 2,61. Na expectativa pela divulgação, nesta quinta-feira (11), da ata do Copom e diante da ausência de indicadores relevantes, os investidores não alteraram de forma relevante as apostas para o ciclo de aperto monetário. Entre os contratos mais curtos, que refletem diretamente as expectativas para o rumo da Selic, DI para abril de 2015 passou de 11,96% para 11,97%. Já o contrato para janeiro de 2016 subiu de 12,47% para 12,49%. Mantém-se, dessa forma, praticamente intacta a aposta de que o Banco Central repita a dose de alta da Selic em 0,50 ponto em janeiro e provavelmente desacelere para 0,25 ponto em março, quando encerrará o atual ciclo de aperto com a Selic em 12,50% ao ano. Ou seja, a leitura é que o Banco Central não pretende estender o ciclo para além do primeiro trimestre de 2015 — seja pela confiança nos efeitos de defasados da alta da Selic em meio a um ambiente de atividade fraca, seja pela expectativa de que o ajuste fiscal contribua para ancoragem das expectativas. Depois de desarmar as apostas de aceleração do ritmo para 0,75 ponto em janeiro ao dizer, em seu comunicado, que “o esforço adicional” de aperto tende a “ser implementado com parcimônia”, Tombini afirmou na terça (9) que a política monetária vai ser manter “ativa” para conter os “efeitos secundários dos ajustes de preços relativos”. A troca da tradicional expressão “especialmente vigilante” pela palavra “ativa” reforçou a leitura de que o BC não vai aumentar a velocidade de aperto e, quiçá, possa até reduzi-la. Para Alexandre Andrade, economista GO Associados, a ata pode trazer como novidades alguma alteração na expectativa para o balanço do setor público, tendo em vista o anúncio da meta de superávit primário de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano que vem. Ontem, Tombini disse essa meta pode levar a política fiscal para o campo neutro ou “talvez ligeiramente contracionista no período à frente”. Outro ponto é o aumento dos preços administrados no ano que vem, já que o tombo do preço internacional do petróleo diminui as pressões para reajuste dos preços dos combustíveis, a despeito da possível volta da Cide. De resto, diz o economista da GO, BC deve repetir a mensagem do comunicado, ressaltando os efeitos defasados e cumulativos da política monetária e a postura mais parcimoniosa daqui para frente. O clima de aversão ao risco no exterior e certa descrença na capacidade de o BC ancorar as expectativas de inflação mantêm as taxas intermediárias e longas em níveis elevados. DI janeiro/2017 passou de 12,39% para 12,41%, e DI janeiro/2021, de 12,06% para 12,17%. Lá fora, a T-note de 10 anos caiu para 2,20%, ante 2,22%.

(Valor – 10/09/2014)

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