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O enlace masoquista entre Dilma e o capital

Não enxerga quem tem a vista neblinada: os empresários querem que Dilma Rousseff se reeleja, mas laboram para desestabilizar o governo em busca de vantagens e compensações.
Os empresários são ideológicos, sim, no sentido da crítica ”camusiana”, de totalizante, de quem observa tudo sob um mesmo prisma, e age, portanto, totalitariamente. Mas, no caso da zanga com Dilma, há mais pragmatismo do que uma visão de mundo. Desde o princípio do seu mandato, a presidenta buscou reger sua gestão com uma faca de dois gumes: a modernização da infraestrutura e a atração do setor privado para a tarefa, por meio do programa de concessões. E lá foi o governo aprender na base do acerto e erro a tirar o zangão da colmeia com a mão desnuda. Mexer com setores cartoriais que representam o núcleo duro da acumulação de capital “brasileira” não é moleza. Antes que se repita o refrão de que há má vontade do empresariado, que fique aqui registrada a colaboração do governo Dilma em piorar esse relacionamento. No caso do programa de concessões, faltaram tempo de execução, conhecimento prévio, quadros técnicos preparados, definição dos benchmarks, distribuição de tarefas adequadamente para os órgãos de Estado, capacidade regulatória e até mesmo diálogo com os empresários. Querem mais? Pois bem: ministros notoriamente sem lustro; falta de métricas confiáveis; baixa capacidade de ouvir; insuficiente manejo do Congresso; e interlocutores empresariais que levam um punhal entre os dentes.

(Relatório Reservado, 11/11/2013)

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