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Revolução do gás de xisto nos EUA já favorece a Vale

Mineradora negocia com siderúrgicas e pode compensar queda na Europa. Bom momento da indústria americana pode ampliar negócios, mas China deve seguir sendo principal cliente. A Vale já começa a se beneficiar do “ressurgimento da indústria” dos EUA, graças ao gás de xisto, tido como responsável por uma revolução energética em escala global e que poderá dar ao país mais rico do mundo a autossuficiência em energia. A mineradora já fechou um contrato, por meio de sua subsidiária Samarco, para a venda de pelotas de ferro a uma siderúrgica em construção nos EUA. Negocia ainda o suprimento para mais duas usinas em instalação nos EUA. “Vivemos um ressurgimento do setor industrial nos EUA com o shale gas’ [gás de xisto] e isso ajuda a siderurgia”, diz Murilo Ferreira, presidente da empresa. A expansão das usinas nos EUA vem a calhar para a Vale, pois pode compensar, em parte, o estreitamento do mercado europeu, muito importante para a empresa. Desde a crise de 2008, muitas siderúrgicas fecharam ou cortaram a capacidade na Europa. Já há sinais de recuperação, mas os clientes europeus estão ainda muito distantes de seu volume de encomendas pré-crise. Com os novos contratos nos Estados Unidos, a previsão da Vale é retomar aos poucos a produção de pelotas, que caiu 15,3% de janeiro a setembro de 2013. Houve queda também no volume de minério de ferro extraído pela mineradora, mas num ritmo menor (3,3%), graças à demanda da China. Não há, porém, um cronograma para reativar as usinas nem os volumes negociados nos contratos com siderúrgicas dos EUA foram revelados. Nos EUA, essas novas usinas usam o sistema chamado de redução direta para a fabricação de aço, por meio das pelotas e do uso do gás como combustível. No modelo convencional (usado na China e nas siderúrgicas brasileiras, por exemplo), utiliza-se carvão e minério de ferro bruto.

(Folha de S.Paulo, 29/01/2014)

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